Review: Princesa Mononoke もののけ姫

Ano do filme: 1997
Duração: 133 min
Direção: Hayao Miyazaki
Produção: Toshio Suzuki
Roteiro: Hayao Miyazaki
Elenco de vozes originais: Yōji Matsuda; Yuriko Ishida; Yūko Tanaka; Kaoru Kobayashi; Masahiko Nishimura; Tsunehiko Kamijō; Akihiro Miwa; Mitsuko Mori; Hisaya Morishige
Gênero: Fantasia
Música: Joe Hisaishi
Cinematografia: Atsushi Okui
Direção de arte: Satoshi Kuroda; Kazuo Oga; Yoji Takeshige;Naoya Tanaka; Nizo Yamamoto
Edição: Takeshi Seyama
Estúdio: Studio Ghibli
Distribuição: Toho
Lançamento: 12 de julho de 1997
Idioma: Japonês

Review por Wagner Asao

A historia se passa em uma fantasiosa época do Japão feudal da era Muromachi, onde existia um vilarejo Amishi protegido pelo príncipe Ashitaka, que foi atacado por um grande javali possuído por um demônio. Ao conseguir derrotá-lo, a maldição passa para si, infectando seu braço e o forçando a deixar seu povo na busca de uma cura. Ao longo de sua jornada, Ashitaka se depara com a violência que ocorria pelo país, tanto no âmbito da guerra entre os shogunatos, quanto entre os deuses do mundo espiritual e a humanidade. Isso acontece devido à profunda exploração dos recursos naturais, alterando o equilíbrio do planeta.

Durante essa aventura o príncipe Ashitaka conhece San – uma moça criada pelos lobos e que luta contra a devastação provocada pelas forças de Lady Eboshi – e desse encontro, se levanta diversas reflexões sobre a postura frente ao choque entre o desenvolvimento humano em busca de progresso e a natureza e seus espíritos que têm seu ambiente natural atacado. San é humana, mas sua vida é a de um lobo, por este motivo, acaba por odiar tanto a humanidade pela destruição que ela traz, quanto Lady Eboshi. Está sendo uma grande líder que busca proteger seu povo, especialmente as mulheres as libertando da exploração. Ela faz isso através do esgotamento de recursos naturais para fortalecer sua produção metalúrgica que a permite ter armas de fogo extremamente poderosas.

Princesa Mononoke é uma animação dirigida por Hayao Miyazaki e produzida pelo Studio Ghibli. A estreia no Japão foi 12 de julho de 1997 e no restante do mundo aconteceu a partir de 1999. É considerada uma das maiores e mais incríveis produções do estúdio junto à viagem de Chihiro lançada em 2001. 

O filme traz uma perspectiva do Japão feudal com um destaque à grupos minoritários marginalizados da história do país como o grupo Amishi que não pertence á etnia hegemônica japonesa que são a etnia Yamato, ou Wajin. Sua trilha sonora é inesquecível e visualmente marcante carregando uma mensagem poderosa sobre preservação ambiental e coexistência.
No site oficial do Studio Ghibli no Brasil foi colocado que a posição de Hayao Miyazaki sobre o filme “não era criar uma história precisa do Japão Medieval, e sim, retratar o início do conflito aparentemente insolúvel entre o mundo natural e a civilização industrial moderna”.

Atualmente o filme está disponível na Netflix com versão dublada e em japonês junto a vários outros títulos do estúdio.