O Centenário acabou. E agora?

Comemorações, festivais, cerimônias, apresentações culturais, e a visita histórica do príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, à Santos. O ano do Centenário da Imigração Japonesa terminou. E agora?

Segundo o presidente da Associação Japonesa de Santos, Sérgio Norifumi Doi, a resposta é: “não perder o ritmo”. Com a retomada e a reforma do imóvel situado no número 129 da Rua Paraná, que hoje abriga sua sede, a entidade começa a promover vários cursos e atividades culturais abertas ao público. 

“Tudo está sendo realizado no casarão. Além da escola de língua japonesa, que tem aulas semanais, a entidade também abriga aulas de kendô, oficinas de ikebana e de origami”, conta Doi. Futuramente a Associação também poderá oferecer workshops de soroban e cursos de informática básica.

A inclusão dos jovens à entidade também está entre as prioridades da Associação Japonesa. “Nossa preocupação é o futuro. É a preservação e a difusão da cultura não só entre os próprios integrantes da comunidade japonesa, mas também para a comunidade como um todo”, explica.

Para isso, o presidente da entidade conta que as ações ainda estão em estudo. “Estamos tentando atrair as novas gerações aos poucos, estudando quais atividades que despertariam o interesse dos jovens pela cultura japonesa”.

Em meio a todos os planos para a preservação cultural, a questão financeira dificulta o progresso. Segundo Doi, a Associação não possui funcionários contratados para prestação de serviços, como o de escritório. “Estamos dependendo ainda da dedicação de voluntários”.

A retomada da antiga escola japonesa fez com que a preocupação da entidade com as finanças crescesse. Os gastos incluem a manutenção da sede e futuras ações da Associação.

“Há um projeto maior de transformar todo o terreno num centro cultural da comunidade nipo-brasileira. Quando chegarmos a esse estágio, o antigo casarão passará a ser um memorial da imigração japonesa em Santos”, comenta Doi.

A associação à entidade está aberta a qualquer interessado, mediante apresentação. A anuidade está em R$ 40,00, com mais R$ 25,00 opcionais para quem puder contribuir.

Reportagem originalmente publicada no Informativo Undokai 2009.